Carta ao meu banco

                                     Carta ao meu banco
 

 

Pedro Só (pagante)

 

"Em épocas como esta, duvido que a forma (ausência de norma expressa) prevaleça sobre os princípios, pois já vimos que "princípios" mudam como o vento."

 

Exmº Sr. Gerente do BODE (Banco Onde Devo Eu.)

 

Em virtude da Crise Internacional e dos problemas que o País atravessa, que são bem conhecidos de todos, assim como de V. Exª, fui obrigado a tomar as seguintes medidas:

Reduzir o meu débito de 56000 euros para com a instituição bancária que V.Exª dignamente dirige, em 10%, correspondente ao corte salarial com que eu não contava. Ou seja: a partir de 1 de Janeiro de 2011, e a titulo permanente e definitivo, deve V. Exª considerar a minha divida reduzida em 5.600 euros.

Deve V. Exª considerar ainda que fui forçado a proceder ao mesmo corte de 10% na minha prestação de 422.00 euros mensais, que passará a partir da data mencionada a ser de 379.80 euros.

Comunico ainda que procedi a um corte de 10% no valor da taxa de juro que havíamos contratado.

A alternativa é a insolvência e a possibilidade de V.Exªs ficarem com mais um mono que não vão ser capazes de vender a ninguém, como acontece com os outros milhares de que são infelizes proprietários.

Deve por isso a instituição Bancária que vossa Exª dirige ficar consciente do meu sério esforço no sentido de evitar que V. Exªs caiam na Bancarrota!

 

Com os melhores cumprimentos

Zé pagante

 


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