Francisco Louçã e os Patos. Não é brincadeira. Aconteceu de verdade!
Contam, que certa vez ao chegar a casa, o Dr. Francisco Louçã ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:
- Oh, bucéfalo anácroto! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, eu levo ou deixo os patos?
Contam, que certa vez ao chegar a casa, o Dr. Francisco Louçã ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar os seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, gritou-lhe assim:
- Oh, bucéfalo anácroto! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, eu levo ou deixo os patos?
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Manuel de Portugal