28 de março de 2013
14 de março de 2013
No Médico...
Carlos Barreira da Costa, médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro A Medicina na Voz do Povo, com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina.
Jóias deste tão pouco conhecido léxico:
O DIÁLOGO COM UM PACIENTE COM PATOLOGIA DA BOCA, OLHOS, OUVIDOS, NARIZ E GARGANTA É SEMPRE UM DESAFIO PARA O CLÍNICO
Ø A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides.
Ø Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa.
Ø Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho.
Ø Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido.
Ø Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída.
Ø Tenho a língua cheia de Áfricas.
Ø Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor.
AS PERTURBAÇÕES DA FALA IMPACIENTAM O DOENTE
Ø Na voz sinto aquilo tudo embuzinado.
Ø Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta.
Ø Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais.
Ø O meu pai morreu de tísica na laringe.
OS PROBLEMAS DA CABEÇA SÃO MUITO FREQUENTES
OS APARELHOS GENITAL E URINÁRIO SÃO OBJECTO DE QUEIXAS SUI GENERIS
AS DORES DA COLUNA E DO APARELHO MUSCULAR E ESQUELÉTICO SÃO DIFÍCEIS DE SUPORTAR
O PORTUGUÊS BEBE E FUMA MUITO E DESCULPA-SE COM FREQUÊNCIA
OS MEDICAMENTOS E OS SEUS EFEITOS PRESTAM-SE ÀS MAIORES CONFUSÕES
6 de março de 2013
Não vale a pena complicar...
PARA QUÊ COMPLICAR?????
MULHERES………
O diário dela vs o diário dele... sobre a mesma noite.
DIÁRIO DELA
Ele ficou esquisito a partir de sábado à noite. Tínhamos combinado encontrarmo-nos num bar para beber um copo antes de jantar. Andei às compras a tarde toda com as amigas e pensei que o seu comportamento se devesse ao meu atraso de vinte minutos. Mas não. Nem sequer fez qualquer comentário, como lhe é habitual.
A conversa e o sítio não estavam muito animados, por isso propus irmos a um lugar mais íntimo para podermos conversar mais tranquilamente.
Fomos a um restaurante caro e elegante. A comida estava excelente e o vinho era de reserva. Quando veio a conta, ele nem refilou e continuava a portar-se de forma bastante estranha. Como se estivesse ausente.
No caminho para casa, já no carro, disse-lhe que o amava. Ele limitou-se a passar o braço por cima dos meus ombros, de forma paternal e sem me contestar. Não sei como explicar a sua atitude, porque não disse que me queria como faz habitualmente.
Simplesmente não disse nada.
Começo a ficar cada vez mais preocupada. Chegámos por fim a casa e, nesse preciso momento, pensei que ele me queria deixar. Tentei fazer com que falasse sobre o assunto mas ele ligou a televisão e ficou a olhá-la com um ar distante. Por fim, desisti e disse-lhe que ia para a cama.
Mais ou menos dez minutos depois, ele entra no quarto e deita-se a meu lado.
Para enorme surpresa minha, correspondeu aos meus beijos e carícias e acabámos por fazer amor. Não foi tão intenso como o normal, mas ele pareceu gostar. Apesar de continuar com aquele ar distraído que tanto me aflige.
Depois, ainda deitada na cama, resolvi que queria enfrentar a situação e falar com ele o quanto antes. Mas ele já tinha adormecido. Comecei a chorar e continuei a fazê-lo pela noite dentro, até adormecer quase de manhã.
Estou desesperada, já não sei o que fazer. Estou praticamente convencida que os seus pensamentos estão com outra. A minha vida é um autêntico desastre!
DIÁRIO DELE
O Sporting perdeu. Pelo menos dei uma queca.