Um monge entra para uma austera ordem onde os irmãos têm o mínimo de comida e de roupa e apenas podem dizer duas palavras por ano. No final do primeiro ano, o monge é recebido pelo abade.
- Meu filho, diz o abade, já cá estás há um ano e tens direito a proferir duas palavras. Quais é que vão ser?
- Tenho frio, responde o monge.
Mais um ano passa, e o monge vai ver o abade novamente.
- Já cá estás há dois anos e tens direito a mais duas palavras. Quais serão?
- Tenho fome, responde o monge.
No final do terceiro ano, o monge vai ver o abade mais uma vez.
- Há três anos que aqui estás, meu filho. Tens direito a mais duas palavras. Quais serão?
- Vou-me embora, diz o monge.
- Graças a Deus, diz o abade, não fizeste outra coisa senão queixares-te desde que cá chegaste!
- Meu filho, diz o abade, já cá estás há um ano e tens direito a proferir duas palavras. Quais é que vão ser?
- Tenho frio, responde o monge.
Mais um ano passa, e o monge vai ver o abade novamente.
- Já cá estás há dois anos e tens direito a mais duas palavras. Quais serão?
- Tenho fome, responde o monge.
No final do terceiro ano, o monge vai ver o abade mais uma vez.
- Há três anos que aqui estás, meu filho. Tens direito a mais duas palavras. Quais serão?
- Vou-me embora, diz o monge.
- Graças a Deus, diz o abade, não fizeste outra coisa senão queixares-te desde que cá chegaste!
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